quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vatel - Um Banquete para o Rei


FICHA TÉCNICA
TITULO ORIGINAL: Vatel
ANO: 2000
PAIS DE ORIGEM: França/Reino Unido
IDIOMA: Inglês
DURAÇÃO: 119 min
ROTEIRO: Jeanne Labrune/ Tom Stoppard
TRILHA SONORA: Enrio Moricone
DIREÇÃO: Rolland Joffé
ELENCO: Gerard Depardieu; Uma Thueman; Tim Roth; Julian Glover; Julianh Sands
COMENTÁRIO
Baseada em fatos, a história se discorre na França do século XVII, no palácio de Chantilly. O príncipe de Condé (Julian Glover), que passa por dificuldades financeiras, resolve promover uma estadia suntuosa para o rei Luis XIV (Julian Sands), e toda a corte de Versailles. A recepção para o rei precisa romper os limites de qualquer expectativa, há que levar ao êxtase todos os seus sentidos e da sua corte! O espetáculo das cores, dos movimentos, dos aromas, dos sabores, dos tons e dos sons está a cargo do sonhador, e não menos brilhante, Vatel (Gerard Depardieu), uma espécie de chefe de cerimônias do príncipe, o qual existiu na verdade, como “atendente” do mesmo.
Permeando o jogo de interesses e o deleite da nobreza há a sutil sensualidade dos encontros entre Vatel e Anne de Montausier (Uma Thurman).

Embora a trilha sonora conserve toda a qualidade que cabe a Enrio Morricone, os figurinos estejam impecáveis, e a direção de arte tenha conquistado um César e sido indicada ao Oscar, o roteiro não chega a inspirar elogios, e por isso a atuação não vai além do trivial, abrindo uma exceção, é claro, para Depardieu, que se encaixa como uma luva no personagem, e do qual transpira toda a emoção que pode ser delegada a este filme. Vatel é um artista que faz a alma desabrochar num êxtase de todos os sentidos. A tecnologia e criatividade, empregadas nas apresentações feitas para o deleite visual e auditivo da corte francesa, são magníficas e inovadoras para a época, mas a verdadeira poesia de Vatel é exalada na cozinha e derramada sobre os alimentos, para depois ser declamada em aromas e sabores que arrancam suspiros ao paladar. Vatel é um regente, no comando de uma orquestra onde os ingredientes são os instrumentos, enquanto a sua sensibilidade e criatividade determinam com magistral precisão, as notas que comporão a sinfonia a ser saboreada. É inevitável envolver-se pelo momento em que ele, como sensível artesão confeiteiro, inspirado pela paixão por Anne Montausier, esculpe em açúcar, uma jarra com duas flores.

 

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